| 27/06/2006 22h32min
A expulsão das zebras da Copa do Mundo da Alemanha ocorreu antes mesmo do esperado. Nas oitavas-de-final, os últimos candidatos a azarões tomaram o rumo de casa. As seleções tradicionais mostraram que o peso da camisa ainda faz a diferença no futebol e todas as campeãs do mundo garantiram vaga nas quartas-de-final do torneio.
Com exceção do Uruguai, que sequer se classificou para o Mundial, Brasil, Alemanha, Itália, Argentina, França e Inglaterra confirmaram seus lugares na seqüência da competição, deixando apenas dois postos vagos, que ficaram com Portugal e Ucrânia.
Um dos jogos mais esperados do Mundial colocará frente a frente as duas seleções que decidiram o título de 1998. Depois de amargar a derrota para a França na decisão do torneio, o Brasil esperou oito anos para ter a chance da revanche, que acontecerá no sábado. A vaga da equipe canarinho nas quartas foi conquistada na vitória por 3 a 0 sobre Gana.
No duelo de sábado, o Brasil terá a oportunidade de encerrar a carreira de seu algoz de 1998. Zinedine Zidane estava no auge da forma quando liderou os Azuis e marcou dois gols na vitória sobre o Brasil. A situação agora é diferente. O meio-campista já anunciou sua aposentadoria para depois do torneio e, dessa forma, uma vitória verde-amarela põe fim à carreira do jogador.
Outra reedição de final de Copa acontecerá na abertura das quartas-de-final, na sexta, às 12h (de Brasília). A anfitriã Alemanha encara a Argentina em outro duelo que promete parar o planeta. Apontadas como duas das principais favoritas ao título, as seleções se encontram justamente no momento em que ambas estão em ascensão. Os donos da casa passaram com facilidade pela Suécia, nas oitavas. Já os argentinos sofreram para vencer o México por 1 a 0 na prorrogação, depois de um empate em 1 a 1 no tempo normal.
Em outro jogo da sexta, a tricampeã Itália encara a maior surpresa das quartas-de-final, a Ucrânia. Em sua primeira participação como país independente (antes integrara a União Soviética), a Ucrânia apostou na formação de uma equipe caseira. Com exceção do badalado Andriy Shevchenko, que acaba de se transferir para o Chelsea, a seleção de Oleg Blokhin conta predominantemente com jogadores que atuam no próprio país.
Quem terá a obrigação de acabar com o sonho ucraniano é a Azzurra, que ainda não empolgou nesta Copa do Mundo. A Itália só eliminou a Austrália nas oitavas por 1 a 0 com um gol marcado nos acréscimos, fruto de um pênalti duvidoso. Para piorar o problema da tradicional seleção, o técnico Marcelo Lippi ainda tem dúvidas para escalar a defesa, já que Nesta ainda não se recuperou de contusão e Materazzi está suspenso.
O outro jogo das quartas-de-final terá mais uma campeã do Mundo: a Inglaterra. Com um futebol pragmático e excessivamente dependente das jogadas de bola parada, principalmente de Beckham, os ingleses sofreram para eliminar o Equador. Nas quartas, a seleção de Sven-Goran Eriksson encara a emergente equipe de Portugal, que ainda sofre as conseqüências do violento duelo contra a Holanda.
O técnico Luiz Felipe Scolari não poderá contar com Deco e Costinha, suspensos, e ainda não sabe se Cristiano Ronaldo estará recuperado de contusão. Se não pode ser colocada como zebra (é a atual vice-campeã européia), a seleção lusitana também não aparece no hall das favoritas. No meio termo do escalão, os portugueses incorporam o conhecido estilo raçudo de Felipão para chegar às semifinais do Mundial.
GAZETA PRESS