| 21/06/2006 12h01min
O PT apresentou nesta manhã requerimento para o adiamento da votação das medidas provisórias, em razão de um pedido do PSDB que para incluir na pauta requerimento para a convocação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O PSDB quer que Bastos se explique sobre a denúncia de que teria recebido recursos no Exterior. Para evitar a votação do requerimento, o PT quer manter a pauta bloqueada.
Segundo o deputado Jutahy Jr. (PSDB-BA), Bastos recebeu US$ 4 milhões irregularmente em conta aberta no Exterior. O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), defendeu o ministro dizendo que recebeu pagamento em 1990 por serviço de advocacia declarado no Imposto de Renda. – Quando [o ministro] soube em 2003 que havia pessoas querendo vender dossiê contra ele, ele imediatamente acionou o Ministério Público e o STF, que encerrou o caso por decisão da ministra Ellen Gracie, atual presidente STF – argumentou Chinaglia. O plenário foi convocado extraordinariamente nesta manhã para tentar votar as duas medidas provisórias que trancam a pauta (291 e 292/06). A primeira delas reajusta aposentadorias e pensões da Previdência Social, e a segunda determina a regularização de assentamentos em imóveis da União. A sessão de ontem foi encerrada pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo, ao término do horário regimental (19h), sem que as duas MPs tivessem sido analisadas. Houve dificuldades para atingir o quorum de 257 deputados, necessário para o início da Ordem do Dia. AGÊNCIA CÂMARA