| 16/06/2006 20h36min
Paulo Roberto Falcão, ex-jogador e hoje comentarista da Rede Globo, foi o entrevistado desta quarta da Blitzclic. Durante a conversa com Fernanda Zaffari, o Rei de Roma contou sobre sua estada na Alemanha, que inclui a aventura de viajar de carro a cerca de 235km/h quando viaja entre as cidades que visita para cobrir os jogos, e conversar com pessoas de todos os países, para estar constantemente informado para seus comentários. Por isso até, considera que jogar seja mais fácil.
Como não poderia deixar de ser, Falcão falou sobre Ronaldo. Segundo ele, o Brasil livrou-se do peso do favoritismo após a estréia ruim diante da Croácia. Já o atacante do Real Madrid ainda sofre com as cobranças porque ainda precisa mostrar que é titular.
– Está todo mundo preocupado com a Seleção Brasileira, e a preocupação, basicamente, em cima de Ronaldo. E a gente também está preocupado, porque o Ronaldo tem muita história, mas ele está mal. A gente espera que contra a Austrália ele possa ter condições de, pelo menos, devolver a esperança que ele vai melhorar ao longo da Copa – afirmou Falcão.
O comentarista espera um jogo difícil contra a Austrália, já que a equipe aprendeu e evoluiu muito, além de ter um grande treinador. Por outro lado, considera ser o jogo da prova dos 9 de Ronaldo. Caso contrário, o técnico Carlos Alberto Parreira deverá repensar o ataque.
– A história de Ronaldo deve ser respeitada. Mas futebol é momento, e, no momento, ele não está bem – afirmou.
Falando da própria história em mundiais, Falcão lembrou da Copa de 1982. Conta o craque que, quando ouviu o hino nacional antes do primeiro jogo, ele lembrou da não-convocação em 1978, época em que vivia grande fase. Segundo Falcão, naquele momento, fardado, em campo, ele prometeu a si mesmo fazer uma grande Copa, como se jogasse pelas duas. E foi o que fez.