| 14/06/2006 22h49min
Líderes do Congresso dos Estados Unidos exigiram nesta quarta que o governo da Alemanha tome medidas mais drásticas para combater a prostituição durante a Copa do Mundo de futebol.
Responsável pelo escritório contra o tráfico de pessoas do Departamento de Estado norte-americano, John Miller disse que espera receber em breve um relatório das autoridades alemãs sobre o assunto.
Miller esteve presente na segunda de duas audiências da subcomissão de Direitos Humanos da Câmara de Representantes (Baixa) para explicar o conteúdo do sexto relatório anual do Departamento de Estado sobre tráfico de mulheres e prostituição.
O legislador republicano Chris Smith, presidente da subcomissão, acusou o governo alemão de “cumplicidade” na promoção do tráfico de pessoas com fins sexuais e pediu que o país europeu criminalize a prostituição depois do Mundial.
– É hora de a chanceler (Angela) Merkel denunciar a exploração de mulheres e crianças em nome do esporte. Encorajaria seu governo a partir deste Mundial a se comprometer para reverter as leis da Alemanha sobre a prostituição – aconselhou Smith.
Assim como os alemães coordenaram medidas de segurança com todos seus países vizinhos, os traficantes de pessoas trabalharam arduamente “para explorar essa grande oportunidade de intensificar seus negócios”, prosseguiu o legislador.
De acordo com Smith, o governo do presidente George W. Bush já gastou mais de US$ 400 milhões para combater a prostituição em 149 países. O governo norte-americano calcula que, anualmente, entre 600 e 800 mil pessoas – 15 mil só nos EUA – são “negociadas” para fins de exploração sexual.
– Aqueles que traficam seres humanos como se fossem mercadorias devem ser perseguidos e sentenciados a longas penas. Essas operações precisam acabar – completou Smith.
AGÊNCIA EFE