| 14/06/2006 15h46min
Depois da vitória de 4 a 0 sobre a Ucrânia nesta quarta, os jogadores da Espanha procuraram conter o otimismo. O brasileiro naturalizado espanhol Marcos Senna disse que a diferença no placar, nos 4 a 0 sobre a Ucrânia, é o que menos importa na estréia.
– O importante era termos começado bem, e isso nós fizemos. Agora, precisamos controlar nossa ansiedade para vencer a Tunísia – afirmou, em referência ao confronto de segunda, em Stuttgart.
A Ucrânia, no mesmo dia, joga com a Arábia Saudita, em Hamburgo. Senna, que só ficou sabendo que jogaria dois dias antes da partida, admitiu ter entrado nervoso no campo do Zentralstadion.
– Mas logo passou, depois que dei meus primeiros passes.
Assim com todo o restante do grupo, o ex-jogador do São Caetano e atualmente no Villarreal, evitou comentários eufóricos após o resultado. O atacante Villa, autor de dois gols na vitória espanhola sobre a Ucrânia, a maior goleada da Copa do Mundo da Alemanha até agora, também evitou empolgação.
– Não diria que esse resultado nos faz favoritos para o torneio, mas demos um bom passo. Queremos ficar com o primeiro lugar do grupo e só então ver o que vai acontecer depois. – disse.
Moderação é a palavra correta para definir o discurso do técnico Luis Aragonés. Perguntado se considerava a Espanha uma das candidatas ao título, declarou que não é o momento para tais conclusões.
– Várias equipes têm chances iguais e fizemos apenas nossa partida inaugural.
Para o treinador, equipes como Argentina, México e Itália também apresentaram qualidade em suas estréias e, segundo ele, é cedo para dizer quem largou na frente. Um pouco mais entusiasmado estava o atacante Luís Garcia.
– Nenhum de nós sonhava em ganhar de 4 a 0. Mas não fizemos nada ainda, precisamos trabalhar duro.
Para fechar as entrevistas na zona mista do Zentralstadion, Puyol, xerife espanhol no setor defensivo, declarou:
– Nem éramos tão ruins quanto diziam nem somos tão bons agora. Temos de ser cautelosos.