A Holanda estreou com vitória de 1 a 0 sobre a seleção de Sérvia & Montenegro na manhã deste domingo pelo Grupo C da Copa do Mundo, em Leipzig. Com o resultado, os holandeses somam três pontos e empatam com a Argentina, que ontem aplicou 2 a 1 na Costa do Marfim. Os argentinos levam vantagem no número de gols marcados. Na próxima sexta, às 13h, em Stuttgart, o time de Marco van Basten enfrenta os africanos. No mesmo dia, os sérvios buscam recuperação contra Tevez seus companheiros, às 16h, Gelsenkirchen.

Não perdeu muito quem preferiu ficar dormindo entre 10h e 12h da manhã deste domingo a assistir à estréia de Sérvia & Montenegro e Holanda. O jogo foi morno. Sonolento.

Precisamos de apenas uma das mãos para contar as chances claras de gol do primeiro tempo. Polegar: gol de Robben, aos 17 minutos. O atacante recebeu a bola pouco depois da linha do meio-campo, aproveitando falha de marcação da zaga sérvia, que estava em linha, arrancou com velocidade e, da entrada da área, deslocou o goleiro Jevric. Indicador: aos 22, o mesmo Robben soltou uma bomba, de fora da área, pelo lado esquerdo, e obrigou o goleiro sérvio a fazer bela defesa. Dedo médio: mais uma vez ele. Aos 37 minutos, Robben driblou perto da entrada da área e bateu colocado. A bola saiu rasteira, rente a trave. Anelar: já nos acréscimos, a Sérvia, que até então havia se limitado a marcar, quase empatou com Nadj, que chutou por cima. Mínimo? Eu disse que precisávamos apenas de uma mão, não que fôssemos completá-la.

O segundo tempo foi pior ainda. O time sérvio seguiu resignado em seu campo de defesa, apenas esperando os holandeses. Nem parecia que estava atrás no marcador. A equipe de Van Basten, por sua vez, manteve maior posse de bola, mas não foi objetiva. Trocou muitos passes laterais, movimentou-se pouco e sem velocidade. As únicas jogadas lúcidas saíram dos pés de Robben, disparado o melhor em campo.

Para aqueles que se prestaram a colocar a cabeça pra fora das cobertas, ficou claro que, salvo uma seqüência de zebras, nenhuma das duas seleções vai muito longe nesta Copa. A menos que nervosismo da estréia tenha enrijecido os músculos e os ímpetos de holandeses e sérvios, ambos são sérios candidatos a abandonar o Mundial ainda na primeira fase.