| 02/06/2006 07h30min
A desistência de Roberto Freire (PPS) em concorrer a presidente e a tendência do partido de apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pode alterar o quadro eleitoral gaúcho. No Estado, PPS, PSB e PL costuram uma aliança para chegar ao Palácio Piratini. Duas siglas já apresentaram candidatos: o deputado federal Nelson Proença, pelo PPS, e o ex-prefeito de Cristal Beto Grill, pelo PSB.
No entanto, o PSB deve participar da chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na prática, a regra da verticalização, que obriga os partidos a respeitar nos Estados os acordos nacionais, não inviabilizaria a coligação, porque o PPS não deve apoiar Alckmin formalmente. Mas o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) condiciona o apoio do PPS gaúcho à reeleição do presidente. – Não tem sentido parte do partido se abraçar a Alckmin no Estado e a outra, a Lula. É uma questão de coerência eleitoral – disse Albuquerque, ao admitir que a decisão do PPS "cria um embaraço" e "prejudica muito" o acordo entre as siglas. Na avaliação de Proença, a desistência da candidatura de Freire não afeta a possível coligação: – Uma coisa é o projeto nacional, outra, o regional. Em um país grande como o Brasil, não vejo incoerência na formação destes leques de aliança. ZERO HORA