| 13/06/2002 22h21min
O coordenador do Plano de Demissão Incentivada (PDI) do Besc, Pedro Goulart, confirmou nesta quinta-feira, dia 13, que as demissões começam no próximo dia 24. O dinheiro será depositado na conta do trabalhador dois dias depois que for rescindido o contrato de trabalho.
Serão dispensados 1,5 mil funcionários até 5 de julho, data-limite permitida pela legislação eleitoral para demissão ou admissão de funcionários públicos. Como são 10 dias úteis, a diretoria prevê que 150 contratos de trabalho sejam rescindidos por dia.
O Besc deverá destinar R$ 200 milhões à primeira leva de dispensados, mas tem em caixa R$ 410 milhões para o PDI. A indenização média será de R$ 133 mil.
Vão sair os funcionários que pediram para deixar o banco nesta primeira etapa, os com idade de aposentados e os considerados dispensáveis no funcionamento das agências.
Goulart garantiu que todos os serviços serão mantidos e que a clientela não será prejudicada.
O Besc tem 4.901 funcionários. Destes, 4.407 aderiram ao PDI, mas somente 1,5 mil serão dispensados antes da privatização. Os outros 2.907 terão que esperar os novos donos.
Quatro bancos disputam a instituição catarinense: ABN Amro/Real, Bradesco, Unibanco e Itaú. Projetado para ser vendido na primeira quinzena de agosto, o Besc não tem data certa para seu leilão. O dia vai depender da entrega dos relatórios das duas consultorias independentes que estão analisando a documentação.
NÉIA PAVEI / DIÁRIO CATARINENSE