| 27/05/2006 19h29min
Depois de vários meses – ou talvez até alguns anos –, o goleiro Dida, da seleção brasileira e do Milan resolveu conversar com os repórteres, neste sábado, em Weggis. E não ficou no lugar-comum, deu boas respostas, apesar de um pouco tenso.
O mais curioso da entrevista foi a homenagem feita a Barbosa, goleiro brasileiro na Copa do Mundo de 1950. A lembrança de Barbosa surgiu pelo fato de ele ter sido o último goleiro negro a ser titular da Seleção brasileira num Mundial. Agora, 56 anos mais tarde, Dida vai quebrar esse tabu.
– Estou muito feliz, posso quebrar um tabu de mais de 50 anos, o Barbosa contribuiu muito para a Seleção e para o futebol – afirmou.
– Ele foi crucificado naquela final de 1950, todos lembram dele por causa daquela derrota, mas, se ele chegou a ser titular da seleção numa Copa, é porque tinha suas qualidades – prosseguiu. – Infelizmente, só vejo divulgação daquele gol e não do que ele fez de bom.
Barbosa era o titular da meta brasileira na Copa de 50, no Brasil. Na final, no Maracanã, a Seleção perdeu para o Uruguai por 2 a 1, quando era favoritíssima ao título. O gol da vitória uruguaia foi marcado por Gigghia, num lance em que muitos acusaram o goleiro de ter falhado.
Dida se disse bem para defender a Seleção pela primeira vez numa Copa. Nas últimas duas ficou no banco. Em 98, o número 1 foi Taffarel e, em 2002, Marcos.
Agência Estado