| 26/05/2006 15h29min
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) usou hoje a tribuna do Senado para falar sobre a crise do seu partido, depois que a executiva nacional decidiu adiar de 11 para 29 de junho a convenção nacional da sigla. Falando sobre a ala governista, ele disse que o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RS) ajudou a quebrar o Brasil quando pegou dinheiro na China para fundar o PRN, que elegeu Fernando Collor em 1989.
Simon manifestou hoje desapontamento com os rumos que o PMDB está tomando e que age de modo incorreto ao adiar a convenção, dificultando as decisões das convenções estaduais. Embora não tenha sido categórico, disse que é provável que entre com recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando a legitimidade da medida. O parlamentar acredita que o TSE lhe dará ganho de causa. Simon se disse magoado com a cúpula de seu partido "por ter sido atropelado" pelas lideranças quando ia apresentar sua candidatura e a do ex-governador do Rio Antony Garotinho para a convenção do dia 11 de maio e a cúpula se antecipou e se reuniu, entrando com liminar no STF para suspender a validade da convenção. O senador também criticou a cúpula do PMDB que, para justificar a tese de não ter candidato próprio à Presidência da República, alega que o partido deve empenhar-se em fazer o maior número possível de governadores. Simon afirmou que as principais lideranças – o ex-presidente José Sarney, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o líder paraense Jader Barbalho – não têm candidatos próprios a governador em seus respectivos Estados. RÁDIO GAÚCHA E AGÊNCIA SENADO