| 25/05/2006 17h48min
Carlos Alberto Parreira chegou a Weggis preocupado com o clima de festa excessiva na cidade suíça e avisou que, se houvesse bagunça nas arquibancadas, poderia fechar os treinos para o público. Nesta quinta, porém, depois de dois dias de atividades, o treinador elogiou o exemplar comportamento da torcida e afastou, pelo menos por enquanto, qualquer possibilidade de fechar os portões ou levar a seleção para treinar em local secreto.
– A manifestação da torcida tem sido carinhosa, está massageando o ego dos jogadores e não tem nos prejudicado em absolutamente nada – disse Parreira.
O treino da tarde foi o mais festivo até agora. Além de o Estádio de Weggis ter ficado lotado, milhares de pessoas ficaram do lado de fora assistindo ao bate-bola de cima dos morros mais próximos. Os donos de barracas com lanches, bebidas e souvenirs faturaram alto. O movimento foi constante desde a manhã até o inicio da noite.
O clima do treino da seleção mais parecia um jogo. E jogo bom, de decisão de campeonato. Apesar do ambiente alegre e do grande número de pessoas, os jogadores não foram prejudicados durante as atividades. Os suíços e brasileiros da região esbanjaram educação, não vaiaram em nenhum momento e fizeram festa moderada, gritando o nome de Ronaldinho, o maior ídolo da atualidade, e de Dida, que já disputou jogos no país.
O grupo volta a treinar nesta sexta em dois períodos e, no domingo, deverá participar do primeiro coletivo. Há possibilidade de ser realizado um jogo entre reservas e titulares ou um confronto com o time sub-20 do Fluminense, que está em excursão pela Suíça.
– Estamos fazendo tudo de forma programada para que a equipe chegue ao auge após o terceiro jogo na Copa – declarou Parreira. O Brasil estréia na Copa no dia 13 de junho, em Berlim, contra a Croácia.