| 08/06/2002 12h59min
O presidente argentino Eduardo Duhalde admitiu neste sábado, 8 de junho, que está surpreso com as novas exigências apresentadas pelo Fundo Monetário Internacioal (FMI) ao país. O presidente acredita que já havia cumprido os pré-requisitos propostos pelo fundo para o início de negociações em torno de ajuda financeira. Duhalde confirmou que o FMI sugere um veto total à polêmica Lei de Subversão Econômica, mas que não há possibilidade de isto ocorrer. O fundo está descontente com as revisões feitas na lei, que trata de crimes financeiros, e com uma nova lei que está sendo votada pelo Congresso que irá eximir algumas empresas das mudanças exigidas sobre uma polêmica lei de falências.
O presidente argentino reiterou que o acordo com o organismo internacional está entre as prioridades de seu governo e que continuará trabalhando para obter o empréstimo. Também afirmou que quer restabelecer o sistema financeiro do país, mas negou qualquer mudança no plano para flexibilizar o chamado corralito.
Sobre a possibilidade de adotar um câmbio fixo, atrelando o peso ao dólar, Duhalde afirmou que o ministro da Economia, Roberto Lavagna, teria outras soluções. Mas acrescentou que esta era uma situação difícil de se resolver e que, medidas tomadas como certas, podem mudar de um momento para outro.
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