| 17/05/2006 20h24min
O corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira, afirmou que os oito depoentes de hoje sobre a Operação Sanguessuga não quiseram ajudar a comissão de sindicância da Corregedoria. Segundo Nogueira, parlamentares devem começar a ser ouvidos na próxima quarta-feira. Foram requisitadas informações à Polícia Federal e ao Ministério da Saúde, para que sejam feitos cruzamentos de dados.
Nogueira descartou acareações, dizendo que as investigações serão suficientes. O deputado disse também que a lista com o nome de 16 parlamentares em poder da corregedoria ainda não é conclusiva.
A Corregedoria ouviu hoje oito pessoas envolvidas com a Planam, a empresa apontada como responsável pela fraude na compra de ambulâncias por meio de emendas no orçamento. Depuseram Darcy José Vedoin, sócio da empresa, os filhos do proprietário da Planam, Luiz Antonio Trevisan Vedoin e Alessandra Vedoin, a esposa do empresário, Cleia Trevisan, o sobrinho dela, Gustavo Trevisan Gomes, o empresário Ronildo Pereira Medeiros e o representante comercial da Planam, Alessandro Silva de Assis, além da ex-secretária do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino.
O deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), integrante da comissão, disse que Luiz Antonio Vedoin, filho de Darci Vedoin, confirmou em depoimento que era o responsável pela Planam. Fazer os contatos com os deputados em Brasília caberia a Darci. Carimbão afirmou que a comissão de sindicância já recebeu da Polícia Federal todas as fichas dos depoimentos prestados em Cuiabá.
– Vamos pedir a quebra de sigilo da Planan para ver se realmente o que está escrito no papel se confirma na prática, nos depósitos e nos cheques sacados – disse o deputado. De acordo com ele, a lista de 16 parlamentares que serão investigados por envolvimento com o esquema pode aumentar.
AGÊNCIA BRASIL