| 15/05/2006 14h35min
Ao comentar hoje os ataques criminosos dos últimos dias em São Paulo, o presidente da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Luiz Flávio Borges D’Urso, disse que é preciso dar prioridade a ações para eliminar a comunicação entre os detentos e os criminosos que estão do lado de fora dos presídios.
– O telefone celular é um instrumento do crime organizado que precisa cessar. Isso o Estado ainda não conseguiu resolver. Segundo D´Urso, a OAB-SP confia no Estado e há condições de controlar a situação. Para ele, a sensação de impunidade é um dos principais fatores da ousadia do crime organizado. – Isso não é algo que possa ser resolvido emergencialmente. Estamos em um momento atípico. Ao se reestabelecer a normalidade, é indispensável que o foco do Estado seja que o indivíduo tenha certeza da punição – disse. O presidente da entidade reafirmou ainda suas posições contrárias ao aumento da pena ou à aplicação de pena de morte como saídas para a onda de violência que atinge o Estado. Os dados da Secretaria de Segurança Pública indicam 70 mortos e mais de 150 ataques a bases policiais desde a sexta-feira. No fim da manhã, 46 rebeliões ainda estavam em andamento no Estado. AGÊNCIA BRASIL