| 10/05/2006 13h54min
O primeiro-secretário da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira, anunciou no início da tarde os procedimentos que serão adotados para a triagem dos deputados citados na lista enviada pela Polícia Federal (PF) como resultado da Operação Sanguessuga. Os procedimentos foram definidos em reunião com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo; o 1º vice-presidente, José Thomaz Nonô (PFL-AL); e o corregedor-geral, deputado Ciro Nogueira (PP-PI).
Os nomes que serão investigados por uma comissão de sindicância serão definidos hoje em reunião da Mesa Diretora, marcada para as 14h30min. Inocêncio explicou que a primeira providência adotada pela Corregedoria foi encaminhar uma cópia a cada um dos 62 parlamentares com a transcrição do que havia contra cada um deles na documentação encaminhada pela PF. Os assessores da Corregedoria iniciaram então a análise da transcrição das escutas telefônicas realizadas pela polícia durante a operação. Os 62 parlamentares serão divididos em três grupos. O primeiro será constituído pelos deputados contra os quais não há nenhum indício de envolvimento. No segundo grupo estarão os deputados cujos assessores são suspeitos de envolvimento no esquema. Os deputados citados nominalmente nas gravações e contra os quais há indícios de envolvimento integrarão o terceiro grupo. A partir dessa triagem inicial, os integrantes da Mesa vão decidir quem deverá ser investigado. Sobre a nova lista de 170 deputados apresentada pela ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino à Polícia Federal, Inocêncio informou que a Mesa vai discutir hoje a possibilidade de solicitar informações oficiais sobre o assunto à Procuradoria-Geral da República. Ele argumentou que a Câmara não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a nova lista e que as informações disponíveis são apenas as divulgadas pela imprensa. O corregedor admite a possibilidade de inclusive convocar a ex-assessora do Ministério da Saúde para depor na comissão de sindicância que investigará os deputados suspeitos de envolvimento no esquema. AGÊNCIA CÂMARA