| 28/04/2006 08h52min
O técnico Luiz Felipe Scolari, atual comandante da seleção portuguesa, afirmou que a Associação Inglesa de Futebol (FA) ainda não fez nenhuma proposta oficial. A informação foi passada em entrevista transmitida nesta sexta pela emissora de rádio TSF.
O técnico disse que as conversas com a FA foram informais e aprovadas pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madail.
Felipão explicou que a FA tem cinco ou seis nomes para substituir o sueco Sven-Goran Eriksson, que vai deixar o cargo de técnico após o Mundial da Alemanha. Seu sucessor deverá ser escolhido dentro de 15 dias.
A sua possível contratação como técnico semanas antes do Mundial, em que as duas seleções podem até acabar se enfrentando, provocou polêmica em Portugal. Mas Scolari lembrou que é um profissional do futebol e que sempre cumpriu seus contratos.
– A vida de um profissional é assim. Sempre respeitei meus contratos. Já recebi propostas de Real Madrid e Barcelona, mas respondi que só conversaria depois do fim do contrato – disse o brasileiro. Seu compromisso com a FPF termina dia 31 de julho.
O técnico disse, além disso, que não recebeu nenhuma proposta de renovação. Scolari explicou que as conversas com dirigentes da FA foram apenas sobre projetos, formas de trabalhar e condições técnicas. Ainda não houve proposta concreta sobre questões contratuais.
No entanto, o jornal afirma, sem citar fontes, que o técnico teria aceitado uma proposta de dois anos, com opção para renovar por mais dois, por 2,5 milhões de libras esterlinas (cerca de 3,6 milhões de euros) anuais.
O técnico explicou que não poderá ser anunciado como próximo técnico da Inglaterra antes do Mundial, porque primeiro seria preciso discutir o valor do contrato, numa segunda etapa.
No entanto, mesmo que sua contratação fosse anunciada pela FA não haveria problemas, garantiu o treinador. Ele lembrou que já viveu situações semelhantes e prometeu o melhor trabalho possível por Portugal até 31 de julho.
Scolari admitiu ter recebido duas ou três propostas para a próxima temporada e que, se não continuar trabalhando na Europa, poderá voltar para o Brasil.
– No Brasil, sempre haverá um clube para mim – disse.
AGÊNCIA EFE