| 23/03/2006 14h47min
Os deputados do P-Sol Chico Alencar (RJ) e Orlando Fantazzini (SP) declaram hoje que, como relator da CPI do Banestado, o deputado José Mentor (PT-SP) deveria ter se afastado do empresário Marcos Valério de Souza, que seria lobista do Banco Rural. Eles criticaram o relatório do deputado Edmar Moreira (PFL-MG), que pede o arquivamento, pelo Conselho de Ética, do processo contra o deputado Mentor.
Ambos se referiam ao fato de José Mentor ter recebido, por intermédio de seu escritório de advocacia, a quantia de R$ 120 mil da empresa 2S Participações, pertencente a Marcos Valério e à sua mulher. O parlamentar alega que recebeu o dinheiro como pagamento de pareceres elaborados por sua banca de advocacia para o Escritório Tolentino, Melo e Associados, do qual Valério era sócio. – Não me convenceram a naturalidade e a isenção da relação entre Mentor e o lobista Marcos Valério - disse Chico Alencar. A deputada Angela Guadagnin (PT-SP) saiu em defesa de José Mentor e declarou seu voto pelo arquivamento do processo, como propõe o relator Edmar Moreira. Mentor, segundo Angela, comportou-se com lisura à frente da relatoria da CPI do Banestado. Além disso, ela acredita ter ficado claro que o dinheiro recebido pelo deputado do PT foi resultante de serviços de advocacia efetivamente prestados. AGÊNCIA CÂMARA