Vivendo sua pior fase no Real Madrid, ao menos o atacante Ronaldo não pode reclamar de falta de apoio. Somente nesta quarta, dois técnicos de ponta defenderam publicamente o atacante. O primeiro foi o treinador da seleção portuguesa, Luiz Felipe Scolari. Depois foi a vez do técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira.

Durante a apresentação de uma equipe do Brasileiro de Stock Car, em São Paulo, Parreira comparou o atual momento de Ronaldo ao vivido pelo lateral Branco às vésperas da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Ao fazer isso, o treinador deixou claro sua filosofia de que Seleção é currículo, e não momento.

– O Branco foi convocado pelo seu currículo em 1994. Ele já tinha jogado em 1986 e 1990. Apesar de não estar em um bom momento, decidi levá-lo e acertei em cheio. Ele foi decisivo e fez a diferença no momento necessário – declarou o treinador.

Segundo Parreira, não faltará motivação ao atacante do Real Madrid no Mundial. Além de querer calar a boca dos críticos, Ronaldo pode se tornar o maior artilheiro da história das Copas. O Fenômeno já soma 12 gols em Mundiais, apenas dois abaixo do ex-jogador alemão Gerd Müller e um atrás do ex-atacante francês Just Fontaine.

- O Ronaldo vai mostrar que não está acabado. O Pelé vivia uma situação semelhante às vésperas da Copa de 1970 – exemplificou. – Espero que tudo isso sirva para motivá-lo, já que ele tem muito a conquistar nesta Copa, podendo superar alguns recordes. Vai ser uma surpresa para mim se ele não fizer uma boa Copa – completou.

Parreira aproveitou também para falar sobre má fase de outros de seus titulares, como o goleiro Dida, os laterais Cafu e Roberto Carlos e o atacante Adriano. Segundo o treinador, jogadores consagrados como esses vão dar a resposta positiva no momento certo, isto é, durante o Mundial do Alemanha.

– Eu penso que esses jogadores estão guardando energia para a Copa – sorriu. – Quando o jogador é um campeão, um vencedor, ele cresce nas horas certas – completou Parreira, acrescentando que tem “razões de sobra” para confiar no chamado “quarteto mágico” formado por Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano.