Aposta da diretoria do Flamengo para substituir Valdyr Espinosa, demitido em fevereiro, o técnico Waldemar Lemos ainda não conseguiu emplacar na Gávea. Mais do que isso: já está com o cargo ameaçado. A ameaça aumentou após a perda da vaga para as semifinais da Taça Rio.

A partida desta quarta contra o ABC (RN), pela segunda fase da Copa do Brasil, pode ser decisiva para o futuro de Waldemar no clube. Um mau resultado deve levar os dirigentes a mudar o técnico novamente.

Waldemar Lemos diz que não se sente ameaçado no cargo e garante estar tranquilo para dar sequência ao seu trabalho. O treinador rubro-negro lamentou a derrota para o Vasco, no último domingo.

– Meu time sentiu um pouco o jogo e infelizmente tivemos falhas técnicas, erramos muitos passes. Mas não vai ser uma derrota que vai decretar a minha saída – afirmou.

Waldemar Lemos, no entanto, evita falar em resultados nas próximas partidas. O técnico só garante que não poupará esforços para colocar o Flamengo nos trilhos.

– Só posso prometer que vamos trabalhar e muito. Temos de fazer o melhor possível para seguir em frente – disse.

Um dos defensores da permanência de Waldemar Lemos é o vice de futebol do Flamengo, Kléber Leite. O dirigente disse que o treinador precisa de mais tempo para ter seu trabalho avaliado. Kléber, porém, reconhece que a campanha rubro-negra em 2006 tem sido muito abaixo da expectativa criada no início da temporada.

– Quero pedir desculpas. Este início de temporada foi um papelão. Mantivemos todos os titulares daquela reta final do ano passado e ainda acrescentamos outros jogadores interessantes. Alguma coisa está acontecendo e algo será feito. Não dá para continuar desta forma – comentou.

GAZETA PRESS