| 16/03/2006 13h53min
Em depoimento à CPI dos Bingos, o caseiro Francenildo Santos Costa confirmou o que havia dito à imprensa sobre a presença do ministro da Fazenda Antonio Palocci em uma mansão em Brasília, usada para partilha de dinheiro. Ele disse que trabalhou na residência durante sete anos, desde 1999.
– Eu confirmo até morrer – disse para a ministra Heloisa Helena (PT-AL) ao ser indagado se reiterava as informações.
Segundo o caseiro, Vladimir Poletto, Rogério Buratti e Ralf Barquette, já falecido, chamavam o ministro de chefe.
– O chefe vem hoje – relatou o caseiro, ao explicar como os freqüentadores da casa se referiam a Palocci.
Ele voltou a afirmar que o ministro chegava em um Peugeot prata, com quatro portas.
– Ele nunca chegou lá em outro carro – disse.
Francenildo Santos Costa declarou que o ministro chegava por volta das 18h30min e 19h e permanecia até as 22h30min.
– Nos começo, ele ia acompanhado – disse o caseiro.
De acordo com o depoente, após algum tempo, o ministro começou a ir sozinho. Quando a senadora Heloisa Helena lembrou que o ministro havia negado ser amigo de Buratti, o caseiro disse:
– Se não era amigo, era o quê?
Costa é a segunda testemunha a dizer que viu o ministro da Fazenda na casa alugada por Poletto. A primeira foi o motorista Francisco das Chagas, que prestou serviços para assessores de Palocci em Ribeirão Preto.
Em seu depoimento, o caseiro provocou gargalhadas nos senadores, quando afirmou que não reconheceu nenhum dos presentes à reunião como freqüentador da casa.