| 13/03/2006 21h24min
A destruição de mudas de eucalipto dos viveiros da Aracruz Celulose, em Barra do Ribeiro, reacendeu o debate sobre o florestamento de áreas no Rio Grande do Sul. O assunto foi discutido hoje à tarde no programa Gaúcha Repórter da Rádio Gaúcha.
O professor do Instituto de Biociências da UFRGS, Ludwig Buckup, ressalta que plantações desordenadas provocam perda das reservas de água. O especialista lembra que o problema atinge a região sul do Estado.
– A quantidade de chuvas é 12,6 vezes menor do que a água que o eucalipto evapora e transpira para a atmosfera – explica.
O presidente do Clube Amigos da Terra de Tupanciretã, Almir Rebelo, destaca a importância econômica da plantação das árvores, para a obtenção de celulose e madeira. Rebelo afirmou ainda que a estiagem na parte do sul do Estado não tem relação com o plantio de eucalipto.
– A má distribuição de chuvas não tem nada a ver com a questão das plantas, mas sim com o problema da camada de ozônio – analisa.
O governo gaúcho tem convênios com empresas privadas que projetam a plantação de 70 mil hectares de eucaliptos nos próximos cinco anos.