| 13/03/2006 14h35min
A juíza de Esteio Uiara Castilho dos Reis pedirá investigação contra o comando da Brigada Militar no caso da invasão da empresa Standard, pela Via Campesina, no ano passado. Segundo ela, até o governador Germano Rigotto pode ser responsabilizado pelo descumprimento de ordem judicial que determinava a identificação imediata dos invasores.
Uiara também denunciou ter sido pressionada por políticos do PT para adiar a desocupação. Os telefonemas teriam partido do deputado federal Adão Pretto e do presidente em exercício da Assembléia Ronaldo Zulke. A juíza cobra punição da Casa contra o deputado Dionilso Marcon e um assessor do deputado Frei Sérgio Görgen, que participaram do ataque à empresa. – A maior falha da Brigada Militar foi a ingerência superior de quem estava no comando direto. Uma ordem judicial é para ser cumprida. O proprietário pede uma ordem liminar e ela não é cumprida porque terceiros começam a influenciar, com interesses políticos – afirma Uiara. O comandante do policiamento metropolitano Paulo Roberto Mendes admite que a ordem da juíza foi parcialmente descumprida pela Brigada Militar. Entre outras medidas, o sub-comandante geral Ilson Pinto de Oliveira ordenou que os manifestantes fossem apenas fotografados. Segundo o documento, a orientação teria partido do secretário da Justiça José Otávio Germano. A magistrada entende que houve descumprimento da decisão judicial e quer a responsabilização de quem prejudicou o cumprimento dessa decisão. RÁDIO GAÚCHA