| 06/03/2006 20h59min
A venda de bebidas destiladas, a entrada de torcedores visivelmente embriagados ou drogados e a presença de torcidas organizadas – torcedores fardados, com faixas ou bandeiras, além de espaço reservados aos visitantes – estão vetados nas últimas duas rodadas do quadrangular final do Campeonato Catarinense (veja mais sobre as medidas no quadro abaixo). Esta foi a decisão da reunião que se encerrou na noite desta segunda, dia 6, na sede da Federação Catarinense de Futebol (FCF), em Balneário Camboriú.
Participaram do encontro os presidentes dos oito clubes que disputam o Catarinense; a diretoria da FCF; o sub-comandante da PM, Coronel Edson Souza; o promotor de Justiça do Ministério Público, Paulo Locatelli; e o presidente da associação de clubes profissionais, Carlos Fernando Crispim.
A reunião teve o objetivo de encontrar medidas paliativas contra a violência no futebol Catarinense após a morte na última sexta-feira do jovem de 17 anos, Júlio César da Cruz, torcedor do Joinville, que levou uma pedrada na cabeça quando retornava ao Norte do Estado, em um ônibus de torcedores, após Avaí 0x0 JEC, na noite de quarta-feira. O incidente ocorreu na BR-101, em Biguaçu, na Grande Florianópolis.
A questão da proibição da torcida organizada, contudo, não deverá ser aplicada ao clássico Figueirense x Avaí, na última rodada do quadrangular no dia 19 de março.
– O clássico é um jogo diferenciado, não existe gente viajando para o clássico. Temos que fazer uma avaliação disso e temos que verificar que Florianópolis tem duas torcidas – ponderou o vice-presidente de finanças do Figueira, João Gonçalves Filho, em entrevista à rádio CBN/Diário.
– A diretoria do Figueirense vai se reunir, vai tratar desse assunto com muito cuidado, junto com a Polícia, para traçar um procedimento administrativo que possa atender a segurança da torcida do Figueirense e atender, eventualmente, a segurança do time visitante, nesse caso a do Avaí – completou Gonçalves Filho.
Uma outra reunião está marcada no dia 24, em Brusque, para avaliar a continuidade ou não das medidas adotadas nesta segunda-feira.
CBN/DIÁRIO