| 23/02/2006 16h05min
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai ignorar a decisão da Justiça do Trabalho de Curitiba e irá registrar o atacante Aloísio junto ao São Paulo. A notícia contraria a versão anterior, dada pela própria CBF, de que o jogador tem registro no BID pelo Atlético Paranaense, com vínculo até 31 de dezembro de 2006.
Aloísio estava registrado no Atlético quando, em dezembro de 2005, o São Paulo requisitou-o por empréstimo para a disputa do Mundial de Clubes. O time paranaense assinou um novo contrato com o atleta, que havia sido adquirido, segundo os cartolas paranaenses, junto ao Rubin Kazan, da Rússia.
Foi com esse contrato do Atlético que o São Paulo pôde registrar Aloísio para o Mundial. O Furacão apresentou oficialmente à imprensa o contrato de empréstimo, em papel timbrado do São Paulo, e com a assinatura do presidente Marcelo Portugal Gouvêa. Mostrou também o documento da CBF, no qual está registrado sob o número da CBF como atleta atleticano.
O contrato venceu dia 11 de fevereiro e o jogador não se reapresentou. O São Paulo alega que o contrato estaria irregular, e que o Rubin Kazan seguiria com os direitos - agora adquiridos pelo São Paulo. Mas a Justiça do Trabalho de Curitiba deu ganho ao Atlético, e estipulou multa de R$ 72 mil por dia de ausência, a partir de 13 de fevereiro. Aloísio não apareceu e a CBF já admite registrar o jogador pelo São Paulo. Dessa forma, o atleta poderia disputar a Copa Libertadores da América.
Uma outra solução para o impasse seria o São Paulo pagar a multa rescisória, estipulada em US$ 2 milhões, o que já foi descartado. A diretoria do Atlético prometeu levar o caso às últimas instâncias na FIFA para reconhecer seus direitos. O presidente do clube paranaense, João Fleury da Rocha, chegou a questionar a validade do título Mundial do São Paulo, já que o clube paulista não reconhece o contrato que permitiu que Aloísio disputasse o torneio.
AGÊNCIA PLACAR