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 | 13/02/2006 12h36min

UE discute medidas automáticas em caso de gripe aviária

Membros deverão agir antes de receber ordens de Bruxelas

Os analistas da União Européia opinarão na quarta-feira sobre a aplicação automática de restrições, sem esperar a autorização de Bruxelas, no caso de aparecerem novos focos suspeitos de gripe aviária em qualquer um dos países comunitários. A informação foi divulgada pelo porta-voz de Saúde da Comissão Européia, Philip Tod.

Hoje a Comissão Européia (CE) aprovará formalmente estes tipos de medidas, impostas nas zonas afetadas por focos da Itália e Eslovênia, já que na Grécia estão vigentes desde a sexta-feira passada.

Grécia e Itália são os países da União Européia nos quais já foi confirmada a presença do variante H5N1 – altamente perigosa – em cisnes selvagens. Na Eslovênia foi detectado um caso do vírus H5 em uma zona próxima à fronteira com a Áustria.

As atuações automáticas que serão acertadas pelo Comitê consistem em fixar uma zona de proteção em um raio de três quilômetros em torno do local afetado e outra área de vigilância, em 10 quilômetros em torno. Incluem ainda a proibição dos movimentos de aves e da venda de carne e ovos em áreas onde tenham sido localizados os focos.

Na área de proteção as aves de fazenda e as silvestres que estiverem em cativeiro não poderão sair ao ar livre. Só poderá ser vendida carne e ovos em exceções previstas dentro das normas da UE e sob um estrito controle, como produtos de animais sãos em fazendas certificadas e que tenham sido submetidos a testes veterinários em abatedouros.

Também está vetada a caça nas zonas de vigilância e serão exigidos mais controles após o sacrifício de aves.

Tod ressaltou que a gripe aviária só foi encontrada em aves silvestres dentro da UE e não na produção avícola comercial. Explicou que se um país detectar um foco em uma exploração avícola, além dos requisitos nas zonas de proteção e vigilância, os animais e ovos serão destruídos e o bloqueio da fazenda durará 21 dias depois do descobrimento do foco.

O porta-voz assinalou que os países comunitários podem acertar medidas adicionais se considerarem que em seu território o risco de gripe aviária é maior.

– Os Estados-membros já sabem o que têm que fazer – acrescentou Tod, em referência à UE ter em vigor medidas de prevenção, sobretudo nas zonas de mais risco, como a proibição de feiras e mercados ou a clausura de aves de fazenda para evitar o contato com as migratórias.

AGÊNCIA EFE

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