Depois de um dia de volatilidade o dólar à vista fechou em baixa de 0,85%, cotado a R$ 2,206 na compra e R$ 2,208 na venda. É a menor cotação desde 7 de dezembro. No acumulado da semana, a moeda americana perdeu 0,41% do seu valor frente ao real. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também operou volátil e às 17 horas recuava 0,02%, aos 37.295 pontos.

Entre a mínima e a máxima, a cotação do dólar oscilou de R$ 2,207 (-0,90%) e R$ 2,239 (+0,54%). O cenário internacional foi o principal fator de tensão, já que os números sobre criação de empregos nos Estados Unidos ficaram abaixo do esperado no quarto trimestre de 2005.

Mas o mercado brasileiro também especulou com a possibilidade de o Banco Central tomar alguma medida para conter as sucessivas quedas do dólar. Entre os boatos que circularam esteve uma suposta pressão de parlamentares da base governista para que alguma providência fosse tomada.

O Banco Central manteve o ritmo de compras de dólares dos últimos dias. Vendeu contratos de swap reverso no valor de US$ 212 milhões e comprou dólares dos bancos no mercado à vista. Depois das operações, a cotação do dólar só ampliou a baixa.

– As compras diárias do BC não são suficientes para conter essa pressão de baixa. Os bancos continuam "vendidos" (apostando na queda), mas aumentam a cautela cada vez que surgem comentários sobre possíveis mudanças nas regras do câmbio – disse José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa. Mais atento a fatores internos, o mercado de juros não chegou a se contaminar pela volatilidade dos demais mercados. O principal destaque do dia foi o resultado do IPC-Fipe, que subiu de 0,29% em dezembro para 0,50% em janeiro. A taxa ficou dentro do esperado e foi bem recebida no mercado futuro de juros.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro fechou com taxa de 15,94% ao ano, contra 15,99% do fechamento de quinta-feira. O DI de janeiro de 2007, o mais negociado, terminou o dia com taxa de 15,76%, frente aos 15,85% do fechamento anterior. A taxa do DI de abril de 2007 recuou de 15,71% para 15,61% anuais.

AGÊNCIA O GLOBO