| 03/02/2006 14h50min
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), negou que a falta de quórum para abrir a sessão do plenário da Câmara hoje seja uma manobra da base aliada para atrasar a conclusão do processo de cassação do deputado Professor Luizinho (PT-SP) no Conselho de Ética. Chinaglia disse que o plenário é soberano e que nenhum tipo de manobra pode modificar o resultado do processo.
Chinaglia disse que perdeu a hora e que tratou o dia de hoje como uma sexta-feira normal, mas fez questão de frisar que não era um dos deputados do PT destacados para cumprir a cota do partido. E lembrou que a fiscalização do cumprimento da cota estabelecida pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo, é um dever dos líderes dos partidos, e não dele.
– Eu tratei como um dia normal de trabalho. Não fiquei atento à questão do relógio. Eu não estava na lista, estou aqui presente, vou trabalhar o dia todo, mas nessa circunstância de horário eu me atrasei, mas não estou na lista (a cota do PT). Quem vai ter que responder são os líderes – afirmou.
Indagado se não seria o caso de cortar o ponto dos parlamentares que faltarem nas segundas e sextas para forçá-los a comparecer às sessões, Chinaglia disse que a medida só pode ser tomada quando há sessões deliberativas.
– Não é tradição ter sessão deliberativa na sexta-feira, mas se for deliberativa, aí sim há o corte de ponto – disse o líder do governo, acrescentando que deveria ter sido estabelecida uma cota com um pouco mais de folga para garantir o quórum.
Chinaglia contestou que a Câmara tenha trabalhado pouco durante a convocação extraordinária e lembrou que a Casa votou matérias importantes nesta semana, como o segundo turno da proposta de emenda constitucional (PEC) que cria o Fundeb, os destaques ao projeto de lei que cria a Super-Receita e o segundo turno da PEC que reduz o recesso parlamentar.