| 25/01/2006 13h03min
Em meio a muita confusão, o Conselho de Ética suspendeu hoje a sessão em que seria votado o relatório pela cassação do deputado Roberto Brant (PFL-MG). O relator do processo, Nelson Trad (PMDB-MS), denuncia uma tentativa de um acordo para derrubar o seu voto.
A suposta combinação passa pelo voto de Pedro Canedo (PP-GO), um dos integrantes do Conselho de Ética. Trad disse que o colega foi pressionado pela direção da legenda a não comparecer na sessão.
– Ele afirmou que não tinha nem condições de se apresentar no Conselho – disse o peemedebista.
Canedo confirmou à reportagem da Rádio Gaúcha ter recebido a ameaça de perder a cadeira no Conselho caso votasse pela cassação de Brant, que recebeu recursos do esquema de Marcos Valério. A suspeita é de um acordo entre o PP e o PFL.
O presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), disse que vai ligar para Canedo e pedir que ele compareça à sessão. Izar garantiu que a votação será realizada ainda nesta tarde.
Brant, por sua vez, negou que esteja sendo negociado algum tipo de acordo entre seu partido e o PP. O parlamentar disse que o suposto acordão é inútil porque quem dará a palavra final no processo será o plenário da Câmara.
– Eu quero ser absolvido pela minha inocência e pela absoluta injustiça desse processo e não por troca de qualquer natureza. O acordo é inútil, quem decide é o plenário. Eu confio no plenário – afirmou.
AGÊNCIA O GLOBO E RÁDIO GAÚCHA