| 20/01/2006 17h58min
O plano de reestruturação da United Airlines, a segunda maior companhia aérea dos Estados Unidos, foi aprovado nesta sexta, dia 20, pela Justiça e abre caminho para que a companhia aérea finalize em breve um processo de reorganização iniciado há três anos.
Depois da avaliação positiva do juiz Eugene Wedoff, de um tribunal de falências em Chicago (Illinois), a empresa deve deixar em fevereiro o Capítulo 11 da Lei de Falências, que protege as empresas contra ações judiciais de seus credores.
A finalização do processo pareceu mais próximo depois que a empresa matriz UAL anunciou um acordo com o comitê de credores sobre algumas pendências a respeito do plano de reorganização.
Uma semana depois a empresa apresentou outro acordo preliminar com a associação de auxiliares de vôo relativo ao plano de aposentadoria para seus integrantes, concluindo a rodada de negociações mantida com os diversos sindicatos envolvidos com as diversas categorias de funcionários da empresa.
Glann Tilton, presidente e conselheiro delegado da United, informou através de um comunicado que a confirmação do plano "dá por válidos mais de três anos de trabalho para fazer da United uma empresa sustentável e pronta para competir com sucesso com as empresas aéreas mais sólidas".
Durante o processo de reorganização, a United obteve acordos e pôs em marcha medidas que permitem reduzir em US$ 7 bilhões seus custos anuais e reduzir o tamanho de sua folha anterior em 25 mil empregos. A empresa, que integra a aliança global Star Alliance, assim como a Varig, que também enfrenta um processo de recuperação judicial, teve que reduzir sua frota e alguns vôos no mercado doméstico, enquanto redesenhava suas operações ampliando sua atuação no mercado internacional.
A United garantiu um empréstimo em consórcio no valor de US$ 3 bilhões, que foram aportados por JPMorgam, Citigroup e GE Capital. A quantia será destinada ao pagamento de dívidas e outros compromissos previstos no
plano.