O ministro israelense de Assuntos Exteriores Silvan Shalom apresentou esta manhã sua carta de renúncia, depois da exigência do dirigente do Likud, Benjamin Netanyahu, que exortou os ministros de seu partido a deixar o governo de Ariel Sharon. A renúncia, segundo a legislação israelense, entrará em vigor na próxima segunda, após 48 horas de dias de trabalho, embora Shalom já tenha anunciado que não participará no próximo domingo da reunião semanal do Conselho de Ministros.

A ministra da Justiça, Tzipi Livni, ex-militante do Likud e que seguiu o primeiro-ministro, Ariel Sharon, em sua nova iniciativa política, Kadima, assumirá a pasta de Exteriores, informam meios de comunicação locais. Livni deve reunir-se com Shalom no início da próxima semana, que em Israel se inicia no domingo, para analisar a situação do Ministério de Exteriores e realizar a transferência.

Netanyahu apresentou ontem, quinta, as cartas de renúncia de três de seus quatro ministros perante a Secretaria do Governo, embora a renúncia só vá entrar em vigor transcorridas 48 horas de trabalho. Os ministros que já deixaram suas pastas são o da Educação, Limor Livnat, o da Agricultura, Yisrael Katz, e o da Saúde, Dani Naveh.

A decisão de Netanyahu de retirar seus ministros do Executivo foi para marcar um distanciamento do partido do premiê Ariel Sharon:

– Não podemos estar sentados com o Kadima na mesma mesa.

AGÊNCIA EFE