| 12/01/2006 13h07min
Um membro da equipe médica do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, garantiu que a informação sobre a doença cerebral que foi diagnosticada após o primeiro derrame foi encoberta por razões políticas. Segundo a imprensa israelense, o médico assegura que havia medo de que, se a informação fosse divulgada, ela pudesse ser usada contra Sharon e seu partido Kadima com fins políticos, já que esta doença é freqüentemente associada com o mal de Alzheimer.
No último dia 10, o jornal israelense Ha'aretz revelou que Sharon recebeu remédios anticoagulantes para tratar de uma doença dos vasos sanguíneos não detectada, que aumentam o risco de infartos e hemorragias cerebrais. O jornal, que citou um médico próximo ao tratamento de Sharon, informou que essa doença foi diagnosticada pelos médicos do hospital Hadassah quando o primeiro-ministro israelense foi internado pela segunda vez.
Trata-se de uma doença conhecida como angiopatia amiloidea cerebral que, combinada com
os remédios que recebeu após
seu primeiro derrame, em 19 de dezembro, poderia ter aumentado o risco de hemorragia. Altos funcionários do hospital Hadassah, onde Sharon está internado, citados pelo Ha'aretz, reconheceram nesta semana que os médicos do hospital decidiram fornecer ao primeiro-ministro diluentes de sangue apesar de sua doença.