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 | 03/01/2006 20h14min

Líderes reagem contra suspeitas de acordão

Parlamentares ligados a cassáveis negam acordo para absolvição

Líderes de partidos de deputados processados no Conselho de Ética reagiram hoje às declarações do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, deputado Osmar Serraglio, sobre a possibilidade de estar ocorrendo um “acórdão” para salvar deputados. Os líderes negaram a participação em qualquer tipo de acordo para garantir a absolvição dos parlamentares e condenaram o fato de Serraglio fazer a acusação sem apresentar provas.

– Não sei de acordo nenhum e o (Roberto) Brant não tem nada a ver com o mensalão. Ele tem que dar nome aos bois e não fazer como o presidente Lula, para que não fique todo mundo sob suspeita. A instituição já está muito desgastada para ficar aceitando este tipo de denúncia vazia – cobrou o líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ).

O líder do PP, deputado Mário Negromonte (BA), afirmou que o relator está sendo leviano nas declarações.

– Nunca chegou aos meus ouvidos tal proposta. Se tem provas, que as apresente, denuncie e represente contra alguém que estiver fazendo isso (o acordão) – disse.

O líder do PL, Sandro Mabel (GO), também criticou Serraglio. O deputado, absolvido pelo plenário da Câmara das acusações de ter participado do esquema de compra de votos, diz que irá apresentar uma representação contra o relator no Conselho de Ética da Câmara pelas acusações. Mabel contou que propôs isso quando Serraglio incluiu seu nome, sem provas, na lista dos envolvidos no valerioduto, mas que a presidência do PL achou melhor não representar contra ele.

– O Serraglio está extrapolando da função de relator. Para aparecer no jornal ele afirma coisas em cima de suposições, sem provar nada – disse Mabel.

AGÊNCIA O GLOBO

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