André Azevedo tem uma carta na manga para repetir ou até superar o feito de 2003. Naquele ano, o piloto da equipe Petrobras Lubrax deixou para trás as feras européias e asiáticas e ficou com o vice-campeonato da prova entre os caminhões no Rali Dacar. A novidade que pode levá-lo de volta ao pódio é a nova configuração do caminhão Tatra, produzido na República Checa. Na última edição da competição, quando o brasileiro era o vice-líder, um problema no semi-eixo dianteiro o tirou da prova e o deixou parado por quase 20 horas no meio do deserto da Mauritânia.

Os engenheiros da Tatra recuaram a cabine e o motor, deixando a suspensão e a transmissão dianteiras menos suscetíveis aos trancos do piso do deserto. Com a modificação, o Tatra ficou 54 centímetros mais curto e 400 quilos mais leve - pesa agora 10,1 toneladas.

– O caminhão está mais ágil e confiável. Podemos voltar a sonhar com a vitória – diz o piloto de São José dos Campos que em 1992, quando ainda corria de moto, foi campeão na categoria Maratona e tornou-se o primeiro não-europeu a obter o feito.

Assim como Kolberg, André também está de navegador novo. Na sua oitava participação entre os caminhões, ele terá a companhia do paulista Maykel Vilarta, de 26 anos. No primeiro ano de parceria, a dupla venceu cinco das oito provas que participou.

– É uma média que nos deixa bastante otimistas – afirmou André, que ainda contará na cabine com a presença do tcheco Mira Martinec, engenheiro responsável pela parte mecânica do caminhão.

AGÊNCIA PLACAR