| 21/12/2005 17h26min
O dólar voltou a perder valor hoje, refletindo principalmente a redução do volume de compras do Banco Central. A moeda americana fechou em queda de 1,66%, a R$ 2,305 na compra e R$ 2,307 na venda. Esta foi a segunda queda consecutiva do dólar, que chegou a subir por nove dias consecutivos. A baixa foi mais uma vez atribuída ao Banco Central, que desde terça-feira reduz o volume de contratos de swap reverso em cerca de US$ 200 milhões. Isso significa que o BC passou a comprar menos dólares no mercado de derivativos.
Outros fatores contribuíram para a valorização do real. Operadores também ressaltam que o fluxo cambial positivo é outro fator que favorece a queda do dólar. Captações externas fechadas recentemente estariam ingressando aos poucos no país, reforçando a desvalorização do dólar. Além disso, a quarta-feira foi de bom humor no mercado internacional.
Com a valorização dos títulos da dívida externa, o EMBI+ Brasil, que mede o risco-país brasileiro, deve bater novo recorde de baixa. O indicador marcava inéditos 303 pontos centesimais no final da tarde, com queda de 8 pontos no dia. O Global 40, principal título da dívida externa brasileira, tinha alta de 0,69% e marcava o recorde de 128,25% do seu valor de face. O A-Bond, título emitido em reais, subia 0,23%, a 107,38% do seu valor.
As projeções dos juros fecharam em baixa na maioria dos vencimentos na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). A expectativa do mercado futuro de juros é com a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta quinta-feira. O documento vai detalhar os motivos da redução da taxa Selic em 0,50 ponto percentual, e não em 0,75 ponto, como queriam dois dos oito diretores do Banco Central que integram o comitê.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril de 2006 ficou estável, com taxa de 17,36% ao ano. O DI de outubro teve a taxa reduzida de 16,58% para 16,54%. A taxa de janeiro de 2007 caiu de 16,42% para 16,35% ao ano. A taxa Selic é hoje de 18% ao ano.
P> AGÊNCIA O GLOBO