| 12/12/2005 16h54min
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou que vai se reunir amanhã com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), líderes partidários, representantes do Conselho de Ética e relatores das comissões parlamentares de inquérito para decidir se haverá convocação dos parlamentares durante o recesso para votar o Orçamento de 2006 e continuar com as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
Segundo Renan, se for necessário convocar o Congresso Nacional para votar o Orçamento de 2006, isso será feito. Sobre o custo da convocação, o senador disse que "o custo maior, e o preço político maior, seria não convocar". Renan Calheiros disse que, caso decida-se pela convocação, ela deverá existir pela necessidade da continuidade dos trabalhos das CPIs, de que os processos de julgamento continuem tramitando e de aprovar o Orçamento da União. O presidente do Senado afirmou que não será cúmplice do governo, caso a intenção seja dar um intervalo às investigações. – Se o governo pensa no recesso para dar férias à crise, para paralisar a investigação, para não dar prosseguimento ao julgamento dos acusados, o governo não vai contar comigo nessa pretensão – disse ele. Sobre a proposta de elevação do salário mínimo para R$ 350, Renan Calheiros disse que o salário mínimo ideal para o país é aquele que a economia pode pagar. O presidente do Senado evitou falar em valores para o salário mínimo e enfatizou que são necessárias outras ações que alavanquem o poder de compra do salário mínimo. Ele defendeu novamente a desoneração dos produtos da cesta básica. Ele disse que, além da cesta básica, os serviços como abastecimento de água, luz e telefone devem ter os impostos reduzidos. AGÊNCIA BRASIL