| 07/12/2005 19h12min
O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, não vai acolher a sugestão do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), de pedir a prisão do empresário Marcos Valério de Souza. O procurador-geral é o único com poder de pedir a prisão preventiva do empresário ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramita o inquérito que apura o suposto esquema do mensalão.
– Hoje não tenho elementos no inquérito para pedir a prisão. Na condução que estou tendo no inquérito não estou com essa previsão – afirmou o procurador-geral. Souza disse que, se vier a pedir a prisão de Marcos Valério, a decisão será baseada em fatos surgidos a partir de diligências feitas dentro do inquérito. Ele disse que, nesse caso, a sugestão da CPI é irrelevante. Souza ainda fez críticas aos integrantes da CPI e à sugestão de prender o empresário sob o argumento de que ele estaria atrapalhando as investigações. – Essa questão de 'tem que prender, tem que prender' cria um clima ruim para o andamento do inquérito. Mas dá notícia em jornal – alfinetou. Após receber os dados sobre o depósito do PT na conta da Coteminas, Souza encaminhou o caso para a Procuradoria da República em Minas Gerais para que sejam tomadas as providências necessárias para a investigação. Ele explicou que não manteve a apuração na Procuradoria-Geral da República porque o caso se limitava a uma transação bancária entre um partido e uma empresa. AGÊNCIA O GLOBO