| 06/12/2005 09h54min
O dólar à vista abriu em alta de 0,14% nesta terça, cotado a R$ 2,198 na compra e R$ 2,200 na venda. No mercado externo, os títulos da dívida externa brasileira operam perto da estabilidade, mas o risco-país sobe três pontos, para 326 pontos centesimais.
O Banco Central (BC) realiza mais um leilão de contratos de swap invertido, operação cada vez mais freqüente no mercado. A venda desses contratos de swap equivale à compra de dólares pelo BC no mercado futuro. Teoricamente, essas operações deveriam pressionar o dólar à vista para cima, o que não vem ocorrendo. O BC também tem comprado dólares no mercado à vista, também insuficientes para estancar as quedas.
Com juros elevados e balança comercial superavitária, os bancos não têm visto motivos para apostar na alta do dólar. Com isso, mantêm suas posições "vendidas" no mercado futuro, o que acaba por reforçar a tendência de baixa. Nesta manhã, o dólar sobe frente ao euro no mercado externo, mas pode não sustentar a tendência de valorização no mercado brasileiro.
A uma semana da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), continuam as discussões sobre o tamanho do corte dos juros. A queda da atividade econômica no terceiro trimestre traz incômodo ao mercado e somente não gerou resultados negativos na bolsa de valores devido à esperança de uma afrouxamento maior na política monetária. O Banco Central sinaliza que manterá o conservadorismo.
O cenário internacional se mostra tranqüilo. Entre os poucos destaques do dia estará a divulgação da produtividade do setor não-agrícola nos Estados Unidos e das encomendas à indústria local.
AGÊNCIA O GLOBO