| 25/11/2005 10h41min
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2004), mostrando um retrato mais positivo do país principalmente em termos de emprego e renda. Depois de apresentar queda desde 1997, o rendimento médio real da população ocupada parou de cair e a distribuição de renda melhorou.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população de dez anos ou mais de idade) atingiu 56,3%, o maior nível desde 1996.
Já a renda média real da população ocupada foi de R$ 733, estável em relação a 2003, mas ainda longe de recuperar a perda real de 18,8% em relação a 1996, ano em que a remuneração alcançou seu ponto máximo (R$ 903) desde o início da década de 1990. A boa notícia é que a metade da população que ganha os menores rendimentos teve ganho real de renda de 3,2%, enquanto a outra metade, que ganha mais, teve uma pequena perda (-0,6%).
Com isso, a concentração de renda, que já vinha despencando desde o início do Plano Real, caiu ainda mais. O Índice de Gini (que mede a distribuição de renda) recuou de 0,554 na pesquisa de 2003 para 0,547 em 2004 (quanto mais perto de zero, melhor).
A pesquisa foi feita com base em entrevistas com quase 400 mil pessoas e visitas a quase 140 mil domicílios em todo o Brasil.
Pela primeira vez, a PNAD investigou também as áreas rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Além dos resultados com a cobertura completa da pesquisa em 2004, foram apresentados dados harmonizados com a abrangência geográfica dos anos anteriores, para viabilizar as séries históricas.
AGÊNCIA O GLOBO