| 11/11/2005 17h37min
Em uma sexta-feira de poucos destaques, o dólar à vista cedeu mais 0,23% e registrou sua 10ª queda consecutiva. A moeda americana fechou valendo R$ 2,161 na compra e R$ 2,163 na venda, o menor valor desde 12 de abril de 2001.
Em 10 dias de trajetória descendente, o dólar já perdeu 5,59% do seu valor. No acumulado desta semana a queda foi de 2,22%. As quedas sucessivas são atribuídas a fatores como a tendência externa de depreciação e os juros altos da economia brasileira, que incentivam a entrada de recursos externos ao país. Também exerce forte influência sobre a queda do dólar as posições "vendidas" dos bancos no mercado futuro.
A proximidade dos feriados nos Estados Unidos (segunda-feira) e no Brasil (terça-feira) reduziu o volume de negócios com o dólar. Já em virtude do feriado americano (Dia do Veterano), não houve negociação com títulos da dívida externa, nem o cálculo do risco-país.
O Banco Central promoveu leilão de compra de dólares no período da tarde, como tem feito diariamente. Aceitou 20 propostas de bancos e pagou R$ 2,162 pelos recursos. A cotação do dólar não mostrou reação significativa após o leilão.
As compras do Banco Central são feitas para recomposição de reservas cambiais, mas ajudam a evitar queda maior da cotação. Segundo analista, a redução dos juros da economia seria uma das saídas pare evitar uma queda exagerada do dólar, que pode prejudicar as exportações. Por outro lado, o dólar em baixa é um importante aliado do governo no combate à inflação. Ao subir de 0,35% para 0,70%, o IPCA de outubro assustou o mercado esta semana.
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa na maioria dos contratos nesta sexta-feira morna. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,32% ao ano, contra 18,35% do fechamento de quinta-feira. O DI de janeiro de 2007 teve a taxa reduzida de 17,14% para 17,12% anuais. A taxa básica brasileira (Selic) é hoje de 19% ao ano.
AGÊNCIA O GLOBO