Conteúdo: unimedespacovida | 22/09/2009 21h46min
O aumento de casos de alergias e o retorno agressivo de infecções antes controladas estão associadas ao desequilíbrio ambiental. "Não dá para separar meio ambiente e saúde. Estão interligados", afirma o doutor Carlos Mânica, vice-presidente da Unimed Alto Jacuí.
Otorrinolaringologista, ele garante: "Na década de 50, apenas 5% da população mundial manifestava alergias. Hoje, pesquisas apontam 40% a 50% da população. Grande parte dessas alergias está associada ao estilo de vida". Conforme Mânica, em grandes cidades onde a concentração de poluição é maior, como São Paulo, as pessoas têm três vezes mais alergias.
Os transtornos de saúde decorrentes do impacto de ações negativas sobre o planeta não param por aí. "Quando tínhamos estações mais bem definidas, quem apresentava rinite ficava assim uma parte do ano; hoje em dia não. A pessoa fica mal o ano inteiro, porque o clima está diferente", exemplifica o doutor.
O custo é bem caro: para o bolso (no gasto com remédios), na produtividade (ausências no trabalho), no sono, no humor. Sem falar nas doenças infecciosas que levaram décadas para serem controladas. A ocorrência da dengue e da febre amarela está ligada à proliferação de mosquitos.
"Temos de minimizar esses efeitos de alguma forma. O setor de saúde, sozinho, não tem condições", pede Mânica, para quem ações concretas em prol do ambiente refletirão na saúde das pessoas a longo prazo.
Desde 2006, a Unimed Alto Jacuí mantém um programa que dá o destino correto a resíduos tóxicos, como pilhas, baterias de celulares, medicamentos vencidos, agulhas e seringas descartáveis. O objetivo é evitar a contaminação de rios e ar com metais pesados ou o CO2 liberado de queimadas. "A gente queria fazer algo que envolvesse toda a comunidade", explica. A campanha conseguiu: até agora, quase 1,4 mil litros de resíduos tiveram o destino certo na região.
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