Escrever bem, ler bastante, ser curioso e pensar na comunidade: essas são algumas das funções que um jornalista deve ter para se dar bem na carreira e lutar para construir um país mais democrático, na visão do jornalista e professor de Jornalismo da PUC-PR, Zanei Barcellos. Ele, aliás, tem uma carreira extensa e permeada por boas experiências.

“Comecei minha carreira junto com o Jornal do Estado, até mesmo antes de ele começar a circular. Depois trabalhei na Rede OM, hoje a CNT, e tenho orgulho de dizer que participei dessa mudança, na coordenação e depois na gerência de produção jornalística. Depois fui para a Gazeta do Povo, onde comecei como revisor, e depois fui para a reportagem”, contou Zanei. O jornalista também já trabalhou no Correio de Notícias, já teve uma agência de comunicação, foi para a Espanha participar de um projeto na Universidade de Navarra e depois voltou para a Gazeta, onde trabalhou por oito anos como editor do caderno de Política.


Foto: RBS TV, Divulgação

O curso de jornalismo tem duração de quatro anos. Ao longo dos semestres, o aluno tem, na grade curricular, matérias como sociologia, fotojornalismo, história da comunicação e do jornalismo, radiojornalismo, telejornalismo, filosofia, teorias da comunicação, ética, novas mídias, ciências políticas e econômicas e assessoria de comunicação. Na PUC-PR, o investimento mensal é de R$ 1.082; na Universidade Positivo, R$ R$ 961,95, e na Tuiuti: R$ 790.

O piso de um jornalista aqui no Paraná, para uma jornada de cinco horas diárias, é de R$ 2.049,11. Quem cuida dos interesses da classe é o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná.

Um jornalista não fica restrito apenas para trabalhos em jornal, na TV ou no rádio. Com um mundo sempre em mudança e cheio de novidades, esse profissional pode trabalhar em redações de site, se especializar em redes sociais, trabalhar em editorias diversas como Esportes, Tecnologia, Saúde, Economia, Moda, Cultura, optar pela assessoria, pelo jornalismo fotográfico ou até mesmo seguir na carreira acadêmica nas faculdades de jornalismo.


Foto: Sxc, Divulgação

“Fui convidado para dar aulas na PUC, mas achei que seria algo temporário. Mas foi e é uma experiência muito bacana. Quando a gente está no dia a dia das redações, no dia a dia do jornalismo, a gente não consegue pensar o jornalismo como deveria. Na faculdade tenho a oportunidade de trabalhar conceitos e aplicá-los nas aulas de produção jornalística e também repassá-los ao Comunicare e ao CuritibaAgora (respectivamente, jornal e site laboratórios do curso de Jornalismo da PUC-PR).

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Para os futuros jornalistas que estão prestes a entrar no mercado de trabalho, o essencial é saber transmitir a uma mensagem clara e correta. “Seja na TV, no rádio, no impresso ou na internet, o fundamental é apurar corretamente os fatos, e ter vontade de contar aquela história para todo mundo. Estar atualizado e ter uma cultura geral bacana são importantes também, porque é isso que vai ajudar o profissional quando ele for escrever uma matéria”, ressalta.

Em relação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não exigir a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão, Zanei reforça que, com essa decisão, quem perde é a sociedade. “Não é um pedaço de papel que vai dizer se você pode ou não ser jornalista, mas a gente sabe que o diploma é importantíssimo porque é na faculdade que o futuro profissional vai ter as bases da teoria, vai estar preparado para o exercício da profissão e também vai ter as noções de ética que guia a nossa profissão. Não exigir o diploma é uma forma de desvalorizar a profissão e pagar menos. E quem perde, com tudo isso, é a sociedade”, finaliza o jornalista.

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