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Para muitas pessoas, o animal de estimação é como se fosse um filho. E mesmo quem não leva isso ao pé da letra precisa pensar que, tanto quanto uma criança, um pet exige certos preparos na casa. O que será feito depende, é claro, do tipo de bichinho escolhido, se cachorro, gato, peixe, papagaio.
Qual é o animal mais exótico que você já teve?
E qual você gostaria de ter?
O primeiro passo é escolher um animal adequado ao tamanho do seu lar e ao seu estilo de vida, aconselha a veterinária Semiramis Soave. No caso do cachorro, por exemplo, faz diferença viver em apartamento ou em uma casa com pátio, onde o melhor amigo do homem vai poder se exercitar. O tempo para passear com o bicho também interfere na decisão.
Tempo e atenção
"Todos os cães devem sair para passear, mas uns precisam de mais atividade do que outros", explica Semiramis. O beagle, por exemplo, precisa sair três vezes por dia e correr bastante, enquanto o lhasa pode sair duas, ou eventualmente apenas uma vez por dia. Quanto maior o animal, de mais atividade ele vai precisar - o que significa que se pode ter cachorro grande em apartamento, desde que se tenha tempo de levá-lo à rua tantas vezes e por quanto tempo for necessário.
A veterinária lembra que animais grandes ocupam espaço, e que apartamentos costumam não ser tão amplos quanto casas. "É preciso lembrar que um rottweiler vai abanar o rabo em cima da mesa de centro, que não poderá ter bibelôs e artigos frágeis", ilustra Semiramis.
Os gatos costumam passear sozinhos e em geral não gostam de coleiras e guias. Além disso, os felinos acompanham o dono enquanto este está fazendo comida ou vendo TV, por exemplo, e exigem menos atenção exclusiva do que os cães. Ainda assim, a veterinária alerta: quem acha que não vai ter tempo de cuidar da higiene do animal e nem lhe dar atenção, é melhor não ter um pet.
Enxoval
Depois de escolher o melhor amigo, é hora de preparar o enxoval para sua chegada ao lar. A lista começa com os potes para comida e água. Segundo a veterinária, o tamanho da vasilha deve ser adequado à quantidade de alimento de que o animal precisa - um filhote costuma comer três vezes durante o dia, enquanto o adulto em geral faz duas refeições. O tipo depende do gosto e bolso do dono: a função das tigelas é a mesma, mas alguns modelos oferecem melhorias, como curvatura diferente para evitar que cachorros com muito pelo se molhem enquanto bebem água, por exemplo. É preciso lavar os recipientes diariamente.
Também é importante ter uma escova para pentear o animal, evitando nós nos pelos e possíveis problemas de pele. O processo também serve para diminuir a queda excessiva de pelos pela casa. Cachorros de pelo comprido devem ser escovados todos os dias, mas os de pelo curto não precisam de tanta frequência. Os gatos, que têm o hábito de se limpar, podem ser escovados diariamente ou de três a quatro vezes por semana.
Dependendo do tipo de pelo do animal, existem escovas mais e menos adequadas - a sugestão de Semiramis é consultar o veterinário quanto a caso específico do seu bichinho. Para os gatos, a regra também é essa, mas a profissional diz que em geral escovas rasqueadeiras - com cerdas finas e que se espaçam mais no momento da escovação - de tamanho médio são uma boa opção.
Banheiro
Quem vai criar o pet em imóvel com área externa não precisa se preocupar com reservar um banheiro dentro de casa. Para os que não têm quintal, a sugestão da veterinária é separar um pedaço da área de serviço para ser o "reservado" do cão ou do gato. Ela lembra que é preciso paciência para ensinar o filhote sobre o local de fazer suas necessidades.
A boa notícia é que, para os cachorros, existe um produto que pode ser colocado no banheiro do animal para estimulá-lo a usar o lugar certo. O cantinho pode ser o clássico pedaço de jornal - que deve ser trocado diariamente -, e há também os acessórios como o Pipi Dolly's.
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Composto por uma "parede" plástica, com decorações de sanitário ou de hidrante, tem um chão em formato de tela, por onde a urina passa e é acumulada em uma bandeja - que pode ser coberta por uma fralda específica ou com um papel absorvente comum. As fezes não passam pela grade, mas o animal se habitua a usar o banheiro para essas necessidades também.
>>Casinha para cachorro
No caso dos gatos, é preciso comprar uma caixa de areia. Existem diferentes tipos de areia, mas Semiramis cita como principais a que forma blocos quando o animal urina, e a sílica, que absorve o líquido e diminui o odor - o preço dessa última é um pouco mais caro. A limpeza varia de acordo com o hábito do dono. "Tem quem prefere colocar menos areia e limpar todos os dias, e há os que preferem colocar mais e só trocar a areia quando ela está cheia de urina", explica a veterinária.
Camas e roupas
Como os humanos, os animais gostam de conforto e quentinho. Para o dormitório dos bichos existem opções prontas no mercado em diferentes formatos, mas pode-se optar também por fazer uma cama com cobertores - não existem restrições quanto a lã ou material sintético. A veterinária explica que nem sempre o pet gosta de ser coberto, mas que pelo menos vai gostar de ficar sobre o acolchoado, em vez de no chão gelado. Os gatos, segundo ela, não costumam ser fãs de cama do tipo iglu, e frequentemente preferem o sofá ou a própria cama dos donos como o cantinho para dormir.
Acima, cama tipo iglu; abaixo, camas divertidas
Os felinos em geral também não gostam de usar roupas - nem coleiras -, mas cachorros costumam se adaptar melhor às peças, e existem até sapatos para eles. Fica a critério do dono vesti-los ou não, mas a ideia funciona principalmente no frio. Aliás, Semiramis contraindica passear os amigos peludos em horas geladas, principalmente no caso de animais mais delicados. "Um rottweiler não vai se importar de sair meia-noite, mas para um poodle tosado isso é pneumonia na certa", exemplifica. E a veterinária faz outro alerta: animais que usam roupas precisam ser escovados, pois as vestes geram muitos nós nos pelos.
Brinquedos
Brinquedos não são obrigatórios para quem tem animais, "mas é sempre legal ter", afirma Semiramis. O tipo de diversão depende do que o dono vai querer fazer com o bicho. Os mais comuns para cachorros são as bolinhas e os bichinhos de pelúcias. A veterinária lembra que o artigo deve estar de acordo com o tamanho do pet: os que têm boca maior precisam de ossos maiores, por exemplo.
Para os gatos, os itens mais procurados são arranhadores e ratinhos - de borracha ou com aparência peluda. E, no caso dos felinos, é bem aconselhável ter brinquedos, sob pena de os bigodudos encontrarem nos sofás uma diversão para as unhas.
Filhotes
A veterinária reforça a importância de se ter paciência com os amigos quando filhotes, época em que ainda não entendem que o pé da mesa não deve ser roído, assim como os pés do sofá e das cadeiras. Ter um osso plástico pode ajudar a evitar isso, e também existem produtos com odor desagradável aos bichos para manter os dentes afiados longe dos móveis, mas nem sempre isso funciona.
Semiramis também lembra que é importante, quando adotando ou comprando animais jovens, levá-lo sao veterinário para a chamada consulta pediátrica. O profissional vai explicar ao dono sobre as rotinas do bicho, e estabelecer o calendário de vacinação e vermifugação, por exemplo.
Proteção na casa
Diferente dos bebês, os animais de estimação não costumam se bater em cantos de móveis e maçanetas de porta, por isso artefatos macios para proteger essas quinas são dispensáveis. No entanto, é importante tomar outros cuidados, como colocar telas nas janelas de casas com gato - para impedir que fujam ou que pulem e acabem se machucando - e trancar armários com produtos de limpeza.
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