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Paisagismo na prevenção da criminalidade

Professora dá as dicas para um jardim que ajude a criar um ambiente seguro

O paisagismo tem sido um meio de resgatar as necessidades de convívio com a natureza e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Além do aspecto estético habitual que um jardim oferece, a professora Vera ROS, do Curso de Paisagismo do CEPDAP (Centro de Educação Profissional de Design, Artes e Profissões), explica que a questão da segurança também deve ser pensada desde a concepção do projeto paisagístico para que ele possa ajudar na prevenção da criminalidade.

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Segundo Vera o desafio é promover soluções que ofereçam mais segurança às residências e estabelecimentos comerciais. “O planejamento contribui nas questões de segurança porque organiza os espaços e transmite a sensação de ordem ao local. É preciso pensar em todos os locais, desde a entrada da casa, o lugar onde o carro fica estacionado, corredores, renques de arbustos ou árvores, saliências em muros e paredes que possam esconder alguém. Observar a altura da vegetação e não interromper a iluminação são fatores importantíssimos a se considerar”, destaca.

A especialista afirma que a luminosidade, a posição da vegetação e porte podem ajudar a prevenir e dificultar a ação dos criminosos. “Árvores e arbustos volumosos não devem estar posicionados junto a janelas e/ou portas de modo que reduzam a visibilidade ou sirvam como esconderijo para um eventual criminoso”, ressalta. A professora indica que a vegetação arbustiva que estiver próxima a caminhos ou a acessos deve ter, no máximo, até 60 cm de altura para que ninguém se esconda atrás dela.

Já as árvores devem ter mais de 2 metros, para que as copas não encubram as pessoas. “O tipo de copa também interfere, pois arborização de copa densa reduz a visibilidade e projeta grandes sombras. A permeabilidade visual garante a distribuição da luz e declara a presença de intrusos”, explica. Ela ainda alerta que plantas que sirvam de apoio (próximas a muros) ou sacadas, com galhos para o exterior devem ser evitadas.

Vera lembra também que a utilização de plantas com espinhos tendem a desencorajar visitas do alheio, mas não impedem efetivamente a ação criminosa. “Espécies como rosas, coroas-de-cristo e outras plantas ou arbustos espinhosos podem ser plantados junto a muros, grades, cercas ou janelas constituindo-se uma barreira contra intrusos. Mas esta medida não garante a inibição de investida”, afirma. É importante lembrar ainda que plantas com esta característica oferecem risco em áreas que circulem crianças.

Por fim a professora indica portões, grades e cercamentos vazados que permitam a visibilidade. “Esse tipo de consultoria pode ser feita por um profissional de Paisagismo. O curso do CEPDAP tem objetivo preparar profissionais envolvidos com as questões de nossa realidade como sustentabilidade, segurança entre outros temas atuais”, finaliza.

O CEPDAP oferece dois cursos de paisagismo. Um livre com uma carga horária total de 72 horas e o Curso Técnico de Paisagismo com duração de um ano e meio.

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