Soldados israelenses capturaram nesta quarta, dia 1º, um líder do grupo militante Jihad Islâmica que estava escondido debaixo de um carro, em ação em um campo de refugiados perto da cidade de Jenin, na Cisjordânia, disseram testemunhas. A prisão de Bassam Sa'adi provocou ameaças imediatas de vingança.

– O inimigo pagará um preço alto – declarou um líder do grupo na Faixa de Gaza.

Uma fonte militar israelense confirmou a detenção de Sa'adi, mas ainda não havia comentários do Exército sobre o assunto. De acordo com as testemunhas, Sa'adi, de 42 anos, é um importante líder da Jihad Islâmica na Cisjordânia e era procurado por Israel há dois anos. Dois de seus filhos morreram recentemente em conflitos com militares de Israel, disseram fontes palestinas.

Soldados apoiados por helicópteros e tanques entraram em uma parte do campo de refugiados antes do amanhecer e disseram para moradores saírem da área, enquanto procuravam militantes de casa em casa, contaram as testemunhas. Sa'adi teria sido encontrado por cães farejadores sob um carro estacionado na frente de uma mesquita. Outros três palestinos também foram presos em Jenin. Fontes da Jihad Islâmica afirmaram em Gaza que Sa'adi foi agredido após ter sido preso.

O grupo Jihad Islâmica realizou dezenas de ataques, incluindo atentados suicidas, que mataram centenas de israelenses durante os três anos de levante palestino por um Estado. O líder do movimento em Gaza, Abdallah al-Shami, disse que Sa'adi escapou da prisão por israelenses durante dois anos e que sua captura "não enfraquecerá a resistência, ao contrário, vai incentivá-la ainda mais, no momento em que o levante entra em seu quarto ano".

Em outras ações militares israelenses foram presos 14 supostos militantes perto das cidades de Nablus, Ramallah e Hebron, na Cisjordânia, disse o Exército. Testemunhas disseram que soldados explodiram 12 casas e um túnel usado para contrabandear armas do Egito para a Faixa de Gaza. Segundo fontes médicas palestinas, três pessoas ficaram feridas na ação.

As informações são da agência Reuters.