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 | 26/09/2003 10h32min

Sharon promete levar em conta preocupação dos EUA com Arafat

Premiê israelense falou em entrevista para jornal

O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, disse em entrevista publicada nesta sexta, dia 26, que Israel vai levar em conta as objeções norte-americanas antes de decidir se cumpre sua ameaça de "remover" o presidente palestino, Yasser Arafat. Nos seus comentários ao jornal Yedioth Ahronoth, Sharon também indicou que cedeu aos Estados Unidos e alterou os planos da barreira que Israel está construindo na Cisjordânia para impedir que militantes suicidas palestinos cheguem às cidades israelenses e cometam atentados.

– Você tem que perceber que é muito difícil assumir o compromisso de que uma vez que você pegue (Arafat) e o leve embora ele não será ferido. De todo modo, vamos levar em conta as considerações dos EUA. É possível que eles estejam corretos em sua avaliação de que (a remoção de Arafat) causará problemas para eles no Oriente Médio. Eles estão preocupados principalmente com o Iraque – disse Sharon a respeito de uma possível operação para retirar o líder palestino de seu quartel-general, em Ramallah.

Israel não anunciou quando ou como pretende remover Arafat, decisão tomada neste mês em reação a uma onda de atentados suicidas. Arafat nega ter qualquer relação com a violência, como acusa Israel. Uma importante fonte do governo israelense disse que o chanceler Silvan Shalom prometeu ao secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, que Israel vai consultar os EUA antes de tomar qualquer decisão contra Arafat.

Embora também acuse Arafat de incentivar a violência e se recuse a negociar com ele, Washington teme que a expulsão do líder palestino para o exílio lhe dê ainda mais popularidade. Falando ao jornal, Sharon disse que a barreira que está sendo erguida na Cisjordânia não vai cercar o importante assentamento judaico de Ariel, que fica cerca de 20 quilômetros Cisjordânia adentro.

– Haverá uma brecha. Enquanto isso, vamos construir a cerca. Haverá outra discussão com os EUA quando quisermos fechar a brecha – explicou Sharon, acrescentando que essa lacuna será patrulhada constantemente.

As informações são da agência Reuters.

 
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