O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu a uma cética Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça, dia 23, ajuda na reconstrução do Iraque, e disse que agora é o momento para colocar de lado as diferenças sobre a invasão liderada pelos EUA.

– Agora o Iraque precisa e merece nosso auxílio e todos os países de boa vontade devem agir e providenciar esse auxílio – afirmou Bush, seis meses depois de os EUA e a Grã-Bretanha começarem a guerra, sem o apoio da ONU.

Bush discursou logo depois do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e do secretário-geral da organização, Kofi Annan. No discurso, em que defendeu a ação militar no Iraque, Bush também mostrou resistência a uma transferência rápida do poder aos iraquianos, defendida por alguns aliados importantes, afirmando querer um processo "atingido por meios democráticos ordenados".

– Esse processo precisa ocorrer de acordo com as necessidades dos iraquianos, não pode ser apressado nem adiado de acordo com os desejos de outras partes – disse Bush à Assembléia Geral.

O presidente dos EUA não se desculpou pela situação caótica do pós-guerra nem pelo fracasso na busca das supostas armas de destruição em massa, usadas como justificativa para a guerra. Ele ressaltou que a descoberta de valas comuns e câmaras de tortura mostravam a crueldade de Saddam Hussein.

Sobre as armas de destruição em massa, a principal razão que alegou para a invasão do Iraque antes da guerra, disse que as forças lideradas pelos EUA estavam entrevistando iraquianos para descobrir a real extensão do programa de armas, sem dar mais detalhes.

As informações são da agência Reuters.