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 | 16/09/2003 09h18min

Israel rejeita proposta palestina de cessar-fogo

O governo de Israel recusou uma proposta de cessar-fogo de duração ilimitada, apresentada nesta terça, dia 16, por um assessor do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat.

– Não cairemos na armadilha de uma nova hudna (trégua) ou de um cessar-fogo – declarou o porta-voz do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, Raanan Gissin.

A proposta palestina foi apresentada depois que o gabinete israelense de segurança tomou na última quinta a decisão de "remover" Arafat, após os dois ataques suicidas que dois dias antes mataram 15 israelenses. Israel ainda não explicou como e quando ocorrerá a "remoção".

Israel culpa Arafat pelo colapso das negociações de paz, acusando o líder palestino de pelo menos indiretamente apoiar os ataques terroristas contra israelenses.

A decisão israelense provocou uma onda de protestos na comunidade internacional e entre os palestinos, que se manifestaram em massa na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

O assessor de segurança de Yasser Arafat, pediu na terça-feira para Israel e para os militantes palestinos declararem uma trégua a fim de impedir mais derramamento de sangue e de reativar as iniciativas de paz lideradas pelos Estados Unidos. Jibril al-Rajoub reiterou os apelos para que Israel acabe com os "assassinatos'' de líderes militantes, incursões e demolições de casas que, segundo ele, somente provocam retaliação.

– Como Israel causou o colapso do primeiro cessar-fogo com seus contínuos assassinatos, pedimos uma trégua que será respeitada por ambos os lados, principalmente por Israel e pelas facções palestinas – declarou Rajoub.

Facções militantes haviam declarado uma trégua unilateral em 29 de junho, mas realizaram diversos atentados suicidas que, de acordo com elas, seriam em vingança pelas prisões e assassinatos de seus simpatizantes em incursões israelenses.

Os grupos acabaram com a trégua em 21 de agosto, depois que Israel matou um líder político do Hamas em um ataque com míssil – lançado após o atentado suicida que matou 22 pessoas em Jerusalém. Israel insiste que as autoridades palestinas desarmem e desmantelem os grupos militantes hostis ao plano de paz antes de retirar suas forças.

Com informações da agência Reuters.

 
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