No primeiro discurso à nação desde que foi decretado o fim dos principais combates no Iraque, o presidente dos EUA, George W. Bush, fez uma enfática defesa da ação americana no país e disse que “gastará o que for necessário para alcançar uma vitória essencial’’ no Iraque.

Em pronunciamento de cerca de 18 minutos transmitido pela TV na noite de ontem, Bush cobrou uma participação maior da Organização das Nações Unidas (ONU) no pós-guerra, afirmando que a comunidade internacional tem “a responsabilidade de assumir um papel mais amplo para tornar o Iraque um país livre’’.

Lembrando os atentados de 11 de setembro de 2001, ele comparou a campanha no Iraque à ação americana no Japão e na Alemanha após a II Guerra Mundial. O presidente disse ainda que a região do Oriente Médio “ou se tornará um lugar de paz, ou exportará terror para todo o mundo’’.
O presidente também aproveitou para deixar claro que os EUA pretendem continuar à frente do comando militar das operações no Iraque.

– Os terroristas têm o objetivo estratégico de fazer com que deixemos o Iraque antes que terminemos nosso trabalho. Os inimigos da liberdade mantêm uma atitude desesperada, e eles devem ser derrotados. Isso levará tempo e vai demandar sacrifícios – avisou.

Bush disse ainda que espera obter cerca de US$ 87 bilhões para financiar as operações no Iraque e no Afeganistão. Logo após o início dos combates no Iraque, Bush obteve US$ 79 bilhões além do previsto para a guerra. O novo pedido seria incorporado a um orçamento militar recorde de US$ 380 bilhões já acertado para o ano fiscal de 2004.

Em entrevista pela manhã, o secretário de Estado americano, Colin Powell, afirmou que os EUA esperam obter a ajuda de cerca de 15 mil soldados de outros países após a aprovação de uma nova resolução no Conselho de Segurança da ONU, atualmente em discussão.

Washington