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Confronto na Cisjordânia mata cinco e ameaça trégua

Hamas promete se vingar de Israel pela ação que matou dois militantes

O grupo islâmico Hamas prometeu se vingar de Israel pela ação desta sexta, dia 8, na Cisjordânia, que resultou na morte de dois militantes e de um soldado israelense. O Hamas disse, porém, que continua comprometido com a trégua iniciada há um mês.

Médicos palestinos em Nablus disseram que mais duas pessoas morreram no incidente –  um rapaz baleado quando apedrejava os soldados numa passeata e um transeunte de 41 anos intoxicado por gás lacrimogêneo.

Além das mortes no campo de refugiados Askar, de Nablus, um palestino ficou gravemente ferido quando entrou em confronto com soldados nos arredores de Jenin. Também houve violência na fronteira entre Israel e o Líbano, que passou vários meses calma.

O líder político do Hamas, Abdel Aziz Al Rantissi, disse que seu grupo vai reagir à incursão em Askar, mas garantiu que a trégua de três meses declarada em 29 de junho para incentivar o processo de paz está mantida.

– Ainda estamos comprometidos com a hudna [trégua], mas a violação pelos israelenses não vai passar sem reação. Haverá uma reação para cada violação israelense. [Os militantes armados] têm todo o direito de dar uma lição em Israel – afirmou ele na Cidade de Gaza.

Um comandante israelense, identificado como coronel Harel, disse que a incursão em Askar tinha por objetivo deter dois militantes do Hamas que estariam planejando ataques em Israel.

Em nota, a ala militar do Hamas disse que "os crimes do inimigo sionista cometidos contra nosso povo não vão passar sem que o inimigo pague um preço adequado".

– Convocamos todas as células da resistência a responderem a estes crimes e a darem uma lição de dissuasão no inimigo – disse o texto.

As Brigadas identificaram os mortos como sendo Fayez Assader, 26, o comandante da facção na região de Nablus, e Khamis Abu Salem, 22.

Na fronteira norte de Israel, o Hizbollah usou mísseis antitanque, armas automáticas e morteiros para atacar uma guarnição do Exército israelense na região conhecida como Fazendas Shebaa, pela primeira vez em sete meses.

A guerrilha xiita considera que essa região faz parte do Líbano. Oficialmente, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera a área território sírio ocupado por Israel.

Fontes militares de Israel disseram que não houve baixas na ação, ocorrida seis dias depois da explosão em um carro que matou um funcionário do Hizbollah em Beirute, numa ação atribuída pelo grupo a Israel.

Testemunhas no sul do Líbano disseram que a aviação israelense respondeu bombardeando a aldeia libanesa de Kfar Souba. Fontes militares disseram que Israel usou sua artilharia e colocou helicópteros na busca pelos militantes do Hizbollah.

A guerrilha, apoiada por Irã e Síria, havia atacado as Fazendas Shebaa pela última vez em janeiro. As tropas israelenses se retiraram do sul do Líbano em 2000, encerrando 22 anos de ocupação conflituosa.

Comentando a ação de Nablus, o coronel Harel disse que suas tropas foram atacadas quando cercavam uma casa onde os militantes se escondiam. Houve uma explosão durante o tiroteio, o que fez o edifício de três andares desabar. O Exército detonou o resto da estrutura.

Segundo os moradores, oito famílias ficaram desabrigadas. Harel disse que o Exército não teve escolha a não ser destruir o prédio, que segundo ele "estava repleto de explosivos".

 
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