O governo israelense revelou nesta quinta, dia 31, que faria uma oferta de contrato para a construção de 22 novas casas em um assentamento judaico da Faixa de Gaza, apesar de o plano de paz patrocinado pelos Estados Unidos exigir a suspensão imediata da ampliação dos assentamentos. O plano prevê que Israel "congele todas as atividades nos assentamentos'' como parte das medidas recíprocas a serem adotadas com o objetivo de colocar fim nos conflitos iniciados na região 34 meses atrás. O plano também prevê a criação de um Estado palestino até 2005.

A Autoridade de Terras de Israel disse que o Ministério de Defesa aprovou um pedido para a construção de 22 unidades residenciais no assentamento de Neveh Dekalim, oeste da Faixa de Gaza. Saeb Erekat, um parlamentar palestino, disse que a medida representava um novo golpe contra o plano de paz.

– Essa é uma grande ameaça para tudo que o processo de paz construiu. Israel insiste em destruir o plano de paz porque escolheu os assentamentos ao invés da paz – disse.

O governo israelense defende que os assentamentos existentes possam "crescer naturalmente'' enquanto não se assina um acordo de paz definitivo. A comunidade internacional considera ilegais todos os assentamentos judaicos em território palestino.
 
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, prometeu ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, durante um encontro realizado em Washington na última terça que continuaria a desativar os ''acampamentos de colonos'' montados sem autorização nos territórios palestinos.

Israel desativou mais de 10 desses acampamentos, a maior parte deles um pequeno conjunto de trailers colocados no alto de colinas, nas proximidades de assentamentos. Os colonos, porém, já ergueram novos desde então.

As informações são da agência Reuters.